sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Sexualidade responsável


Numa altura em que se aproxima o dia de São Valentim <3, a nossa farmacêutica Sonia Teles lança conselhos para uma sexualidade saudável.
📝 Por Sónia Teles*
Para além do lado puramente emocional, o amor tem uma vertente física. É através do corpo que nos relacionamos com os outros. A sexualidade é uma das maneiras de que o ser humano dispõe para expressar os sentimentos que o unem a outra pessoa. A sexualidade não é apenas uma fonte de prazer, é também através das relações sexuais que se perpetua a vida. No entanto, a sexualidade deve ser vivida de modo responsável. Caso contrário, as consequências poderão afetar tudo o resto. Um dos problemas da sexualidade irresponsável é a gravidez indesejada, nomeadamente na adolescência, com todas as repercussões físicas e psicológicas que podem daí advir. Todos os indivíduos, principalmente os adolescentes, devem ter acesso à informação adequada e necessária para poderem planear uma maternidade e paternidade desejada.
Outro aspecto que não se pode descurar são as doenças sexualmente transmissíveis, em que as mais graves são a hepatite B, a hepatite C ou o SIDA. A utilização do preservativo é essencial na prevenção destas doenças. Felizmente, o número de mortes diminuiu bastante transformando estas patologias em doenças crónicas. O SIDA, quando foi descoberto, era sentença de morte. No entanto, estas patologias não foram extintas e continuam a influenciar a qualidade de vida das pessoas que delas padecem. Para além da despesa pública, paga por todos nós, que os tratamentos implicam.
A palavra de ordem é prevenir. Hoje já não se fala em grupos de risco mas sim em comportamentos de risco. Qualquer pessoa, seja qual for a idade ou a orientação sexual, pode ter um comportamento de risco que pode resultar num destes problemas de saúde. Nos últimos anos não tem havido grande investimento da tutela em programas no âmbito da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, esta tarefa cabe-nos a todos nós enquanto sociedade. Ninguém devia morrer por ter ousado amar.

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