sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

É desta que deixa de fumar?


Por Sónia Teles*

O início do ano é altura de fazer resoluções. De todas, a que tem maior impato positivo na nossa saúde é deixar de fumar. A associação dos hábitos tabágicos ao desenvolvimento de doenças é incontestável. Dessas patologias fazem parte várias doenças cancerígenas como o cancro do pulmão e as doenças respiratórias crónicas. Os fumadores também apresentam um maior risco cardiovascular. Igualmente prejudicial é fumar durante a gravidez. Até a saúde dos fumadores passivos é afectada pelo contacto com o fumo do tabaco havendo, inclusivé, estudos que relacionam a exposição passiva ao tabaco com o aumento do risco das mesmas patologias que os fumadores. A boa notícia é que nunca é tarde para deixar este vício. Para além de uma imediata e significativa melhoria na qualidade de vida, os riscos diminuem. No que diz respeito às doenças cardiovasculares, há um decréscimo de 50 por cento ao fim de um ano e, ao fim de 15 anos, o risco é igual ao de alguém que nunca fumou. Infelizmente, deixar de fumar é difícil uma vez que existe, nos fumadores, a dependência física, pela nicotina, e a dependência psicológica. Estes factores tornam a desabituação tabágica muito difícil sem ajuda profissional. Esta ajuda passa quer pelo aconselhamento quer pelo recurso a tratamento farmacológico. Aproveite este ano de 2017 para tomar uma atitude para bem da sua saúde e da saúde de quem o rodeia. Procure a ajuda do seu médico ou do seu farmacêutico para, juntos, encontrarem o método mais adequado para si. Para todos os que me leem, um saudável 2017.

*é farmacêutica e escreve na gira.

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